Ciclo de debates discute as relações entre a Ditadura Militar e o crime da Braskem em Alagoas; evento é online e gratuito

Atividade faz parte do calendário de ações durante a greve e ocorrerá nos dias 27, 28 e 29 de maio; confira a programação
Share on facebook
Share on twitter
Share on pocket
Share on whatsapp
Foto: Edilson Omena.

Com assessoria.

O grupo de pesquisa Laboratório de Estudos em Comunicação, Organizações e Narrativas do Capitalismo (Baleia), que é vinculado ao Curso de Relações Públicas da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), realizará – nos dias 27, 28 e 29 de maio, das 19h às 21h – um ciclo virtual de debates intitulado “Desastre Socioambiental e os Ecos da Ditadura Militar em Alagoas”. A atividade faz parte do calendário de greve, conforme definido pelo Comando Local de Greve (CLG) dos docentes da universidade e contará com a participação de representantes dos servidores técnico-administrativos, docentes e da representação estudantil.

De acordo com a pesquisadora Thainá Martiniano, a atividade promovida por pesquisadores do curso de Relações Públicas está sendo planejado para fomentar a reflexão crítica e o conectar acontecimentos do passado e do presente. “[O evento] é uma atividade que se institui dentro de um processo de disputa pela memória no ano em que o Golpe de 1964 completa 60 anos de seu acontecimento e a relação da Ditadura com a exploração da sal-gema em Alagoas e as consequências disso que vão ocasionar o desastre socioambiental em curso na cidade de Maceió”, explica.

A participação é gratuita e voltada para estudantes, professores, técnicos da Ufal e de outras Ifes, mas também aberto ao público geral. O evento ocorrerá de forma virtual pelo canal da Agência Experimental do curso de Relações Públicas (Agerp) no Youtube.

SOBRE A GREVE UNIFICADA DA EDUCAÇÃO

Servidores técnico-administrativos da educação federal em Alagoas estão em greve desde março pela recomposição orçamentária para a Educação e reajuste salarial. Docentes e servidores do Ifal também suspenderam as atividades como forma de mobilização para a causa, que é urgente. 

As recentes propostas do governo federal não atendem às solicitações das categorias e o movimento, que segue unificado pelo país, se mantém. Além das assembleias com a participação dos servidores, atividades distintas estão sendo realizadas para chamar atenção da sociedade para as pautas da educação. 

Na última terça-feira (21), houve uma rodada de negociações em Brasília com apresentação de proposta do governo. Ao mesmo tempo, servidores das diversas instituições de ensino superior se reuniram em marcha na capital federal e também em suas unidades. Em Maceió, um ato unificado foi realizado na entrada do Campus A.C. Simões.

As bases seguem mobilizadas reivindicando recomposição salarial e do orçamento público para as universidades, visto que as propostas apresentadas até o momento não contemplam as categorias. As propostas apresentadas pelo governo até o momento mantêm as instituições em condições precárias para manutenção de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, de infraestrutura e de bolsas e outras formas de auxílio para estudantes.

PROGRAMAÇÃO:

27/05 (19h-21h): MESA REDONDA Ditadura Militar em Alagoas: uma história ainda a ser contada

Palestrantes:

Bruno Pereira: Jornalista, mestre em comunicação e mestrando em Antropologia pela Ufal

Rodrigo Costa: Professor de História Contemporânea na Ufal e doutor em História pela UFPE

28/05 (19h-21h): MESA REDONDA Ditadura Militar e exploração de sal-gema em Alagoas: como essas histórias se cruzam?

Palestrantes:

Osvaldo Maciel: Professor do Curso de História da Ufal e doutor em História pela UFPE. Membro do CLG dos docentes da Ufal

Lenilda Luna: Jornalista da Ufal e membro do CLG dos servidores técnico-administrativos

Rikartiany Cardoso: Advogada e mestranda em Direito pela UFPE

29/05 (19h-21h): RODA DE CONVERSA Vítimas da Ditadura Militar e do desastre socioambiental da Braskem

Palestrantes:

Odja Barros: Pastora da Igreja Batista do Pinheiro, teóloga feminista, psicanalista e escritora

Neirevane Nunes: Bióloga, doutoranda do SOTEPP/UNIMA e militante do MAM 

Rosivania Nascimento: Fisioterapeuta, integrante do Comitê de Orfandade e Direitos de Alagoas e voluntária da ACACB

Apoie a Mídia Caeté: Você pode participar no crescimento do jornalismo independente. Seja um apoiador clicando aqui.

Recentes