A sequência de atos nacionais pelo Fora Bolsonaro trouxe mais uma grande mobilização neste 24 de Julho. Em Maceió, a manifestação sofreu uma mudança de trajeto, seguindo pela orla marítima de Maceió – grande reduto de bolsonaristas e onde geralmente acontecem os atos “pró-Bolsonaro”. Além das denúncias ao governo de Jair Bolsonaro e o pleito por seu impeachment, o protesto desta vez também foi marcado por acrescentar como alvo o presidente da Câmara Federal, o deputado alagoano Arthur Lira (Progressistas).
O ato manteve uma estabilidade em sua extensão, em relação aos dois últimos, com cerca de cinco mil pessoas. Também como nas últimas vezes, a maioria de participantes era caracterizada por movimentos sociais organizados, entre coletivos, partidos, entidades sindicais e de organização civil. Diversas categorias estiveram presentes, demonstrando como as medidas políticas de Bolsonaro, que tão diretamente afetam no número de mortos por Covid-19 no país e nas difíceis condições de vida da população, que geram aumento da miséria, retorno da fome, encarecimento dos produtos, também são compostas por uma série de privatizações.
Outro sujeito foi colocado como alvo de protesto nesta edição do Fora Bolsonaro Arthur Lira entra na berlinda em razão de sua escolha de não dar prosseguimento ao processo de impeachment – que já contabiliza mais de 120 denúncias com pedidos. Neste sentido, enquanto algumas faixas traziam o tom mais questionador, cobrando de Lira o início do processo de afastamento, outras já o denunciam por sua cumplicidade com o presidente. Há ainda denúncias por uma série de outras medidas de Lira, como seu impulsionamento em relação à reforma administrativa e os ataques ao serviço público, ou a PL 490 que atinge diretamente os povos indígenas, com o roubo legitimado de de terras.
Algumas intervenções foram realizadas, como bonecos de judas de Lira e Bolsonaro arrastados pelo percurso. A dupla também foi colocada dentro de sacos de “farinha”. Vacinas gigantes continuaram diante das performances, situando como o progresso das vacinas ainda segue em ritmo lento no país. Centenas de cruzes também foram levadas e amontoadas, representando as quase 550 mil mortes em todo o país.
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