A escalada da violência, infelizmente, está ganhando cada vez mais força. Na madrugada desta terça-feira (16), a motorista de Uber Amanda Pereira Santos foi encontrada morta, no bairro do Benedito Bentes, em Maceió, após ter aceitado uma corrida de Rio Largo até Marechal Deodoro.
Cobrando justiça e a mínima segurança necessária, motoristas bloquearam diversos trechos da capital. Logo pela manhã, as avenidas Fernandes Lima, no Farol, e Menino Marcelo, no Antares, estavam sem circulação. Neste momento, o protesto já seguiu por outras regiões.
Ao portal G1 Alagoas, o presidente da Associação dos Motoristas por Aplicativo do Estado de Alagoas (Ampeal), Alex Félix, afirmou que é essencial que haja segurança para a categoria.
“Nos últimos meses tivemos três casos de violência que chamaram atenção. A gente precisa ter segurança para continuar trabalhando. Os protestos estão sendo realizados por grupos diferentes, não pela associação, mas cada um está pedindo a mesma coisa que é segurança”.
A Polícia Militar (PM) e a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) estão monitorando a situação.
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER BRASIL
A morte de Amanda reforça uma estatística nefasta e frequente no Brasil. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública coletou dados para o Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2022) referentes à violência letal e sexual contra meninas e mulheres no Brasil.
O levantamento mostra que, em 2021, ocorreram um total de 1.319 feminicídios no país – um leve recuo em relação ao ano anterior. Em contrapartida, os números apontam o aumento dos registros de estupro e estupro de vulnerável no mesmo ano, 56.098 ao todo, crescendo 3,7%.
Outro dado alarmante fala sobre a quantidade de registros de crimes contra meninas e mulheres durante a pandemia. Apenas entre março de 2020 e dezembro de 2021, foram 2.451 feminicídios e 100.398 casos de estupro e estupro de vulnerável de vítimas do gênero feminino.
A motivação do assassinato de Amanda ainda não foi revelada.