Na manhã desta quarta-feira (15), estudantes secundaristas, universitários e ainda professores se reuniram em frente à sede da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), localizada no bairro do Farol (dentro do Cepa), com o propósito de cobrar a revogação da reforma do ensino médio. O ato local foi expressão de um movimento nacional que realiza manifestações hoje em diversos pontos do país contra as alterações propostas pela Medida Provisória nº 746, que foi publicada em 23 de setembro de 2016 – ainda durante o governo de Michel Temer.
Link para acesso ao texto da MP 746/2016.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores/as da Educação de Alagoas (Sinteal), Israel Ribeiro, é absurdo que uma reforma tão importante aconteça sem a inclusão direta daqueles que contribuem ativamente com a educação no Brasil. “Propomos que a reforma aconteça com a participação daqueles que participam da educação e não em algo imposto. A reforma é um desrespeito porque ela propõe a redução da carga horária dos professores, como que trabalhem em áreas que não são objeto da sua formação. A partir da mobilização de hoje, objetivamos uma reunião com a secretaria. Aqui em Alagoas temos algumas demandas, como a regularização da carga horária dos professores”, disse.
CATEGORIAS SE REÚNEM E COBRAM A REVOGAÇÃO DA REFORMA
A estudante de pós-graduação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Tatiana Machado, também participou do ato e manifestou sua revolta com as alterações propostas pela reforma: “a gente enquanto estudante e trabalhador entende que esta reforma implica numa precarização da educação básica. Retirar da carga obrigatória disciplinas como filosofia e sociologia só mostra que nossa educação não é levada a sério; sem contar que isso também impacta as pessoas que estão saindo das graduações com licenciaturas nestas áreas, que passam a ter menor possibilidade de entrada no mercado”, explicou.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação informou que “se solidariza com as manifestações de professores e estudantes da rede estadual em torno da proposta de revogação do Novo Ensino Médio, ao tempo em que esclarece não ter prerrogativas para executar quaisquer ações em prol das reivindicações apresentadas, já que esta política diz respeito à esfera federal. Nesse sentido, a Seduc informa aguardar um posicionamento do Ministério da Educação (MEC) para se manifestar oficialmente acerca de eventual mudança”.
