Jornada de luta das mulheres sem terra acontece entre 6 e 8 de março em alusão ao Dia Internacional da Mulher

Fome e violência são temas escolhidos pela jornada
Marcha das Mulheres Trabalhadoras no Centro de Maceió e sede do Incra. Foto: MST

 

Tradicionalmente, o dia 8 de Março costuma ser lembrado como o “Dia Internacional da Mulher” e geralmente é marcado por homenagens e felicitações ao público feminino. No entanto, cada vez mais, ações que lembram a luta das mulheres por espaços dignos na sociedade ganham destaque, como é o caso da Jornada de Luta das Mulheres Sem Terra, que conta com o tema “Pela vida das mulheres, contra a fome e a violência: mulheres Sem Terra em resistência” e ocorre entre os dias 6 e 8 com concentrações nas Praças Sinimbu, no bairro do Centro, e Centenário, no Farol.

A ação se trata de uma série de atividades, com programação extensa fundamentada na ideia de incentivar o debate sobre a luta feminina das mulheres trabalhadoras. Um ato político ocorrido na Praça Sinimbu, no centro de Maceió, ocorreu na última segunda-feira (06) e marcou o início da jornada. Já nesta terça-feira (07), na parte da manhã, foi feita uma marcha pelas ruas do centro de Maceió, em protesto à violência contra a mulher e que também reivindicou justiça social e reforma agrária. “Além disso, solicitamos com antecedência uma reunião com o governador”, declarou Mirelle Camargo, que faz parte do movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) e também integra a organização do evento.

Conforme explica Mirelle, “a jornada unifica todos os movimentos de luta pela terra e acontece nacionalmente. Temos demandas conjuntas de todas as mulheres trabalhadoras. O combate à fome, por meio do incentivo ao desenvolvimento sustentável, o cumprimento do acordo realizado pelo Tribunal de Justiça e o Governo do Estado com os movimentos sociais para destinar terras da Usina Laginha e parte da Guaxuma para a Reforma Agrária e o enfrentamento a todas as formas de violência contra as mulheres são algumas das nossas principais pautas”.

Entre os organizadores da jornada estão a Comissão pastoral da Terra (CPT), a Frente Nacional de Luta (FNL), o Movimento Libertação dos Sem Terra (MLST), o Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL) e Terra Livre (TL).

Agenda

Dia 7 (terça-feira): apresentação musical do grupo de samba feminino “Tamboricas”

Dia 8 (quarta-feira): ato unificado com concentração na Praça Centenário (encerramento da jornada)

 

 

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