Intensificando o número de eventos nos últimos três meses do ano, a Marcha da Maconha tem apostado na diversidade de temas e atividades de cunho cultural e educativo, para promover a bandeira da luta antiproibicionista. Este ano, o lema da 7ª edição da Marcha será “Medicinal, Cultural, Espiritual e Social. Por que é ilegal?”
Uma das impulsionadoras da Marcha, integrante do coletivo de redução de danos Massunim, Daiane Ros, apresenta a proposta da edição. “A gente vem este ano com o conceito ampliado do que é ser medicinal. A gente quer trazer a reflexão de como a maconha é medicinal em vários âmbitos. Não só quando profissional da medicina está presente, mas de diversas formas, inclusive socialmente, espiritualmente”, explica.
A partir das 16h20 desta quarta-feira, 25 de outubro, na Praça Santa Tereza, situada no bairro do Vergel, acontecerá uma roda de conversa com o tema “Descriminalização, racismo, encarceramento e violência causada pelo proibicionismo”.
A roda terá como mediação uma das organizadoras da Marcha, Daiane Ros, e terá na facilitação: a psicológa clínica e integrante do coletivo de redução de danos Massunim/AL; a advogada criminal e ativista social Sandra Gomes; do médico de Família e Comunidade e Presidente da Associação Alagoana de Medicina de Família e Comunidade, Rafael Moraes; do especialista em Cannabis Medicinal e pós-graduado em reabilitação oral, Edyerk Lira; e do presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL, professor de Direito e advogado criminalista, Roberto Moura.
Após a conversa, ainda haverá rap com Manobell e Poética Guerrilha e a esperada Batalha Marginal com 16 MCs.
Já no sábado, 28 de outubro, é a vez do evento Maconha é Cultura, no Quintal Cultural, com as atrações Leão, Arielly Oliveira, Máquina do Mundo – AL DUB. O evento acontece a partir das 16 horas.
Entre as atividades preparatórias para a Marcha – cuja data oficial deve ser divulgada nos próximos dias – há cerca de um mês – também foi realizado um luau, na praia da Garça Torta.
Justiça vem avançando debates sobre a pauta
A partir das manifestações e mobilizações frequentes da sociedade civil, movimentos sociais, e profissionais de saúde, direito e diversas outras áreas, o assunto tem também ingressado e avançado na Justiça. Este ano, em 24 de agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a alcançar 5 votos favoráveis contra 1 desfavorável à descriminalização do porte da maconha para uso pessoal. O julgamento foi suspenso após o ministro André Mendonça pedir vista do processo.
