No Dia do Meio Ambiente, manifestação recorda crime da Braskem e denuncia omissão da Prefeitura de Maceió

Tinta vermelha e sururu foram jogados em frente à sede da prefeitura, em Jaraguá; descaso da atual gestão não foi esquecido
No dia do Meio Ambiente, manifestantes foram à sede da administração municipal. | FOTO: Comunicação MST.

Hoje, dia 05 de junho, é o Dia do Meio Ambiente, um tema que – há tempos – vem sendo tratado com descaso pela Prefeitura Maceió e por outros órgãos da capital. Diante disso, o Movimento dos Sem Terra (MST) realizou uma ação na sede da prefeitura, no bairro do Jaraguá, na manhã desta quarta.

Os manifestantes jogaram tinta vermelha e bacias de sururu na calçada em frente ao prédio da administração para fazer alusão ao maior crime ambiental urbano do mundo, cometido pela Braskem, que culminou com o afundamento de 5 bairros e com danos imensuráveis a 60 mil pessoas. Já são 6 anos desde o início das rachaduras.

Para moradores e ativistas, a sensação de impunidade e de omissão da Prefeitura de Maceió e – consequentemente do Prefeito João Henrique Caldas (JHC).

“No dia Mundial do Meio Ambiente, MST e famílias atingidas pela mineração em Maceió fazem escracho na porta da prefeitura denunciando a omissão do poder público com os desdobramentos do crime ambiental cometido pela Braskem na capital alagoana. Lavando de sangue a entrada da prefeitura comandada por João Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC, o escracho reafirma a cumplicidade da gestão municipal com o crime da mineradora que afetou 5 bairros na cidade e já é considerado o maior crime ambiental em solo urbano do mundo”, afirmou o movimento, pelas redes sociais.  

Os participantes ainda carregavam cartazes com frases exigindo justiça, suporte às vítimas e atitudes por parte da administração pública. ‘’Prefeitura lucrou com o crime da Braskem’.‘ Os Flexais pedem socorro’’, diziam alguns dos cartazes.

ACORDO ENTRE PREFEITURA E BRASKEM

Vale lembrar que, em junho de 2023, a Prefeitura de Maceió recebeu R$ 1,7 bilhão de indenização pela catástrofe, firmando assim um acordo com a mineradora, quitando todo o passivo ambiental, cedendo áreas e isentando a Braskem de danos futuros.

Na ocasião, foi “reconhecido e declarado pelo município como suficiente [a quantia] para sua reparação integral, englobando compensação, indenização, honorários e/ou ressarcimento por todos e quaisquer danos diretos e indiretos, patrimoniais e extrapatrimoniais”.

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