Festival Alagadiças reforça a ancestralidade e a força da mulher negra alagoana

O evento aconteceu entre os dias 22 e 25 de julho e contou com uma programação ampla com oficinas, Feira Afroempreendedora, Exposições, poesia, dança e música.
Share on facebook
Share on twitter
Share on pocket
Share on whatsapp
FOTO: Marcel Leite.

25 de julho foi o Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha. Alagoas é de terra de Dandara, Tia Marcelina e Zeza do Coco, mais uma razão para celebrar.

Definida pela ONU em 1992, a data trata de questões sofridas pelas mulheres negras, a partir do racismo que também se demonstra nas constantes exposições à situação de inferioridade que se encontram em relação às mulheres brancas – além do machismo, disparidades educacional e de trabalho, maternidade, temas vivenciados por todas as mulheres mas com recortes raciais nada sutis.

Assim, em 2014, foi instituído o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. A homenageada foi líder no século XVIII do Quilombo do Quariterê (MT). Ao longo de 20 anos, liderou bravamente a resistência à Coroa portuguesa.

Nesse contexto, Festival Alagadiças trouxe o debate aos palcos alagoanos. Com a força da arte e da ancestralidade. O evento aconteceu entre os dias 22 e 25 de julho e contou com uma programação ampla com oficinas, Feira Afroempreendedora, Exposições, poesia, dança e música.

“Essa data relembra o marco internacional de luta e resistência da mulher negra para reafirmar a necessidade de enfrentar o racismo e o sexismo vividos até hoje por mulheres, que sofrem com a discriminação racial, social e de gênero”, afirma o perfil oficial do Festival Alagadiças nas redes sociais.

O FESTIVAL

O Festival Alagadiças teve como intuito simbolizar algo que perpassa o tempo e as fronteiras e que ecoar a batalha contínua pelo direito pleno à vida das mulheres. Tal celebração é, na verdade, um ato de insurgência ao sistema que oprime, violenta e mata meninas e mulheres.

O momento também apresentou oficinas visando o aprimoramento das performances de mulheres em geral que se autodeclarem negras (pardas e pretas). Além disso, fortaleceu o afroempreendedorismo, com expositoras do Coletivo Nosso Ilê gerando oportunidades e fazendo com que cresça uma cadeia produtiva voltada para as mulheres negras e onde elas sejam as protagonistas de suas histórias através de suas produções, promovendo mais inclusão social e econômica.

“O Festival traz para o centro dos palcos alagoanos o debate do empoderamento feminino, nessa 2° edição trouxemos a mulher negra para expressar todo seu poder e ancestralidade, e a arte foi escolhida como a grande aliada da nossa resistência”, postou a organização do festival no Instagram.

Apoie a Mídia Caeté: Você pode participar no crescimento do jornalismo independente. Seja um apoiador clicando aqui.

Recentes