Peças resgatadas de terreiros atacados no ‘Quebra de Xangô’ podem ser tombadas pelo IPHAN ainda em 2024

O acervo é guardado no prédio do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL).
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FOTO: Divulgação.

Em 2 de fevereiro deste ano, o ataque mais violento fundamentado na intolerância religiosa – ocorrido no Brasil em 1912 – completou 112 anos. Lembrar a data é fundamental para garantir que episódios sequer parecidos jamais se repitam. Nesse contexto, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (IPHAN) pode finalmente tombar 216 peças roubadas de terreiros atingidos no ato que ficou conhecido como ‘Quebra de Xangô’.

Entre os itens resgatados, estão indumentárias, instrumentos musicais, insígnias, estatuetas. O acervo religioso é guardado no prédio do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL).

Em declaração dada e matéria para a Agência Brasil, o historiador do IPHAN, Maicon Marcante, afirma que – apesar de ainda existirem objetos oriundos dos terreiros daquela época – muitas peças foram queimadas em praça pública, como expressão do desrespeito à fé alheia. “Porém, esse conjunto de objetos sobreviveu a esses ataques e permaneceu por um período no Museu da Sociedade Perseverança até 1950. Depois foram transferidos para o IHGAL”, disse.

A Coleção recebeu o nome de ‘Perseverança’ e teve seu primeiro inventário produzido em 1985, mas apesar disso o processo que se encontra hoje em fase de instrução ainda não foi concluído. Ainda conforme explicação na reportagem da Agência Brasil, a partir do momento que as peças forem tombadas, o IPHAN terá responsabilidade sobre sua conservação bem como o estudo de sua historiografia.

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