Por melhores condições, professores, servidores e estudantes da Uneal fazem paralisação de 24h e promovem ato em Maceió

De acordo com funcionários e alunos, a instituição estaria funcionando de maneira precária, com número de servidores e docentes insuficientes, além de problemas estruturais
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FOTO: Reprodução.

Na manhã desta quarta-feira (10), técnicos, docentes e estudantes da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) protagonizaram um ato em frente ao Palácio Floriano Peixoto – localizado na Praça dos Martírios – no centro de Maceió. A intenção dos manifestantes era a de se reunirem com o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), a fim de cobrarem providências para a realização de concurso público com o objetivo de preencher diversas vagas de cargos administrativos e de nível superior que se encontram em aberto dentro dos seis campis da instituição de ensino.

De acordo com o presidente do sindicato dos técnicos da Uneal, Rudson Nascimento, dentre os principais motivos que mobilizaram os trabalhadores e alunos está a ausência de realização de concursos público. “Hoje, por exemplo, metade das bibliotecas funcionam sem bibliotecários e existem setores administrativos que não estão funcionando por falta de servidores; alguns setores funcionam apenas com estagiários”, afirmou.

Ainda segundo Rudson, a situação se agravou nos últimos 7 anos, mas a problemática existe há mais de uma década. “O último concurso realizado em 2009, faz 15 anos; as reuniões que acontecem com o Governo (com a gestão atual) é que estão fazendo estudos ara realizar o concurso, mas empurram; há um uma sobrecarga de trabalho e os servidores que tem se afastam pela sobrecarga de trabalho; o funcionamento é precário; os seis campi e a Reitoria”, afirma.

A estudante da Amanda Costa, estudante do oitavo período do curso de História no Campus I, em Arapiraca, esclarece que, fora a carência de profissionais, diversos outros problemas atingem a instituição e prejudicam a formação dos alunos. “Há muitos anos, a Uneal vem sendo vítima de um descaso por parte do Governo de Alagoas; nós não temos bolsas de assistência estudantil suficientes para os estudantes, o que acaba afastando-os da Universidade, pois não conseguem conciliar estudos e trabalho. Além disso, não possuímos um Restaurante Universitário que poderia fornecer alimentos de qualidade e com preços acessíveis, sendo assim, um diferencial que auxiliaria os estudantes que se deslocam de outras cidades até o campus.

E continua:

“Uma das maiores problemáticas da Uneal é a falta de professores e técnicos, visto que – há muitos anos – não temos concurso público, e muitos professores de concursos anteriores estão em fase de aposentadoria, o que está inviabilizando o andamento dos cursos, onde deveríamos nos formar em 4 anos e acabamos demorando 6 ou 7 anos, justamente pela falta de professores. Assim, professores, estudantes e técnicos têm se unido em prol da luta pela nossa querida UNEAL, que transformou tantas vidas e agora está sendo abandonada pelo governador de Alagoas”, disse.

A Uneal possui seis campus: Arapiraca, Maceió, Santana do Ipanema, Palmeira dos índios, União dos Palmares e São Miguel dos Campos. Os manifestantes explicam que a paralisação desta quarta é uma alerta, mas, caso o problema não seja resolvido , a tendência é que “seja realizada uma assembleia conjunta entre os sindicatos dos docentes e técnicos com indicativo de deliberação de greve”, declara Rudson, que afirma ainda que – na Universidade – há cursos que funcionam com dois professores apenas e que as unidades estão atuando com 110 técnicos, enquanto há uma carência de 100 profissionais.

A equipe de reportagem da Mídia Caeté entrou em contato com a assessoria de comunicação da Uneal, que emitiu a seguinte nota:

“A Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) informa que tem dedicado esforços incansáveis na busca pela realização do concurso público da instituição, visando fortalecer seu quadro de servidores e garantir a excelência em seus serviços educacionais.

No último mês, a Uneal recebeu o relatório elaborado pelo Grupo de Trabalho da Seplag e foi informada de que este documento será encaminhado ao Comitê de Negociação Sindical – Cones.

De acordo com a assessoria da Seplag, está agendada uma reunião com o Cones para o próximo dia 15 de abril, às 11h.

Reiteramos nosso compromisso com a transparência e a eficiência administrativa, bem como com a valorização de nossos servidores e a qualidade do ensino oferecido à comunidade.”

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