Aprovação da PEC dos Precatórios contou com votos favoráveis de 6 deputados federais alagoanos

Conhecida como PEC do Calote, proposta adia o pagamento de precatórios (dívidas do governo já reconhecidas pela Justiça); confira como votaram os alagoanos
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Crédito imagem de destaque: Marina Ramos/Câmara dos Deputados.

A Câmara dos Deputados votou e aprovou, em segundo turno, nesta terça-feira (09), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 23/21 que trata do pagamento de precatórios, a chamada PEC do Calote. A medida já teve o texto-base aprovado, na semana passada, em primeiro turno com 312 votos favoráveis e 144 contrários.

FOTOS: divulgação Câmara dos Deputados

A PEC adia o pagamento de precatórios (dívidas do governo já reconhecidas pela Justiça) sob a justificativa de viabilizar o programa Auxílio Brasil em pleno ano eleitoral de 2022. A iniciativa também daria a possibilidade de ampliar os recursos para Emendas do Relator, prática que remaneja as despesas de ministérios, dando origem ao famigerado Orçamento Secreto.

Entre os votos favoráveis, encontramos 6 de parlamentares alagoanos: Marx Beltrão (PSD), Nivaldo Albuquerque (PTB), Pedro Vilela (PSDB), Sérgio Toledo (PL), Severino Pessoa (REPUBLICANOS) e Arthur Lira (PP). Paulão (PT), Isnaldo Bulhões Jr (MDB) e Tereza Nelma (PSDB) votaram contra.

O texto segue agora para o Senado.

EMENDAS DE RELATOR E ORÇAMENTO SECRETO

O uso das Emendas de Relator. Prática comum no parlamento brasileiro, elas são bastantes contestadas, inclusive pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pois aumentam o controle do Congresso em relação ao Orçamento.

Através de tais emendas, o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) pode remanejar as despesas de ministérios e articular gastos em áreas selecionadas por ele, que é quase sempre alinhado politicamente ao governo ou a grupos influentes no Congresso. Dessa forma, surge o famigerado Orçamento Secreto.

Segundo o portal UOL, sob o governo Bolsonaro, as emendas aumentaram exponencialmente.

DECISÃO DO STF

Gráfico elaborado pelo portal UOL.

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para suspender o pagamento exatamente das Emendas do Relator ao Orçamento. O placar final foi de 8 a 2. 

Acompanhando o posicionamento da ministra Rosa Weber, relatora das ações que questionavam o dispositivo, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes e Luiz Fux também se colocaram contra.

Ao votar, Weber afirmou que tais mecanismos são uma “lesão aos postulados fundamentais pertinentes ao princípio republicano, à publicidade e à impessoalidade dos atos da Administração Pública e ao regime de transparência na aplicação de recursos financeiros do Estado”.

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