Braskem tem “falha técnica” em alarme, anuncia evacuação e gera pânico para a população da Zona Sul

Em meio ao susto, moradores correram para o papódromo, indicado como 'rota de fuga'
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Não bastasse o estado de tensão contínuo gerado em Maceió, sobretudo nos bairros diretamente atingidos pelo afundamento do solo gerado pela mineração, a Braskem causou, na manhã desta quarta-feira, 05, uma situação de pânico na zona sul da capital alagoana – onde a empresa está instalada.

Os moradores foram surpreendidos em suas casas pelo anúncio das sirenes de alarme da empresa, com a determinação de que se dirigissem para as rotas de fuga, no Papódromo e na Praia da Avenida. O que se seguiu foi uma série de informes espalhados em meio ao susto das comunidades, sobre rachaduras com possíveis vazamentos nas instalações da empresa.

Imagem retirada de vídeo em que morador mostra o pânico gerado aos moradores após alarme da Braskem.

De acordo com alguns moradores, com o pânico rapidamente instaurado, muitas pessoas correram para os pontos definidos. Vídeos mostram, ainda, moradora passando mal já no Papódromo, onde havia uma maior concentração. Só neste momento, representantes da Braskem foram ao local para avisar que tratava-se de um “erro” no alarme da sirene.

Moradores que ainda estavam dentro de suas residências também relataram que outro carro de som passou informando que se tratou de uma “falha técnica” e que não havia qualquer emergência. Na sequência, a empresa emitiu a seguinte nota:

“A Braskem informa que o teste das sirenes de alarme é realizado toda quarta-feira para as comunidades do entorno da Unidade do Pontal da Barra. No teste realizado na manhã de hoje (05), houve uma desconfiguração no teor da mensagem enviada que já foi corrigida. Informamos ainda que já entramos em contato com as comunidades, por meio do Conselho Consultivo Comunitário (CCC) para informa-los do equívoco. A Braskem reforça que mantém constante comunicação com as comunidades e autoridades através de reuniões regulares do Programa APELL (Alerta e Preparação das Comunidades para Emergências Locais).”

Entretanto, algumas pessoas ouvidas na comunidade relatam não ter informações sobre esta reunião informada pela empresa, e que o máximo que chegou no local em termos de informação são as placas de ‘rota de fuga’.

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